terça-feira, 30 de setembro de 2008

Statistics means nothing to the individual

Alguns fatos que ocorreram durante meu período de braço quebrado (a pouco mais de um mês atrás) me fizeram pensar um pouco mais sobre como esse mundinho em que eu vivo ainda é bastante conservador, ou digamos, atrasado. A primeira pergunta que surgia era "Quebrou como, jogando bola?". Mesmo ouvindo a resposta que seguia ("Não, foi andando de skate") parece que a maioria das pessoas ainda não consegue conviver com a idéia de que um engenheiro de produção de 20 e poucos anos passa seu tempo livre sobre um brinquedo de "criança". Isso vai além da minha compreensão e me deixa realmente perplexo com muitos daqueles me cercam.
Ultimamente eu tenho estado mais impaciente com todos estes pensamentos medíocres. Tenho percebido mais as pessoas, como elas agem, como fazem tudo do mesmo jeito, como seguem um padrão imbecil de comportamento e como ficam felizes quando aceitas por um grupo maior de pessoas medíocres com um padrão de comportamento ainda mais imbecil. Acho que me cansei de vez de viver nesta bolha portoalegrense. É cada vez mais raro encontrar aqueles que não seguem esta rotina, que se destacam na multidão, que realmente tem algo a agregar.
Ouvi a frase do título no Scrubs. It was nice.

sábado, 13 de setembro de 2008

No shine for you!











Há uns dois meses atrás tomei a decisão de arrumar os inúmeros arranhões que tinham ao redor da CAMONETA. Com o tempo eles tomaram conta da coitada, indo desde o arranhão de chave que cortava toda a porta do motorista (algum flanelinha descontente, provavelmente), passando pelo amassado traseiro resultante da cagada de um manobrista de garagem do centro até o descascado do teto, que nunca era limpo devido ao fato de que os limpadores não alcançavam sobre a cabine.
Pois bem. Fui fazer o orçamento e me pediram uma fortuna. Já que era pra gastar, então parti pro extremo: pintar todo o carro. Estava em dúvida entre um vermelho sangue e o preto. Vendo então um programa de TV sobre hot rods dos anos 30 tomei a minha decisão: preto fosco. Como não havia pintura metálica naquela época (e nem os donos se importavam com uma pintura bem acabada), as cores eram sem brilho, foscas. Gostei e fui atrás da tinta. Em todas as lojas os atendentes falavam "Ããã, tu vai pintar de fosco??", como se fosse a coisa mais absurda do mundo. "Sim, vou. Se eu pintasse de rosa com bolinhas verdes tu acharia melhor?".
Comprei tinta, catalisador, filtros, sprays de pintura e muita fita isolante. Combinei com o pintor da empresa pra fazer a mão toda, já que deste setor ele entende um pouco mais. Três semanas depois estava pronto, (não) reluzindo sobre o sol do estacionamento. O melhor da história foi que gastei menos da metade do preço orçado para arrumar apenas os arranhões.
Brincadeira. O melhor da história foi sair do carro no estacionamento do shopping e ver um piá abraçado na mãe dizendo "Olha, é o Batman!".

Tá chegando a hora

Mais algumas poucas semanas e eles estarão de volta.
*Nice*.