terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Resumo de três semanas

Foi então que no dia 06 de Fevereiro coloquei o pé na estrada e iniciei as minhas férias. O destino estava traçado, porém o itinerário era flexível. Os pontos de interesse estavam localizados entre Porto Alegre e a Praia de Maresias, no litoral paulista.
Os quase 1300 km de estrada que separam uma cidade da outra foram capazes de gerar ótimas estórias, promover o encontro com pessoas inolvidáveis, instigar pensamentos profundos, além de me fazer perder mas logo retomar a esperança na humanidade.
Estas férias começaram oficialmente no dia 31 de Janeiro, porém permaneci alguns dias na cidade para acertar os últimos detalhes (troca de óleo e apólices de seguro do carro, rastreador, alarme, nova trava da caçamba – algo que se provou muito útil – além de duas chaves reservas, um estepe novo e um monte de comida para viagem...). O primeiro destino foi a casa do Iuri em Capão da Canoa, sempre um excelente local pra se iniciar os trabalhos (ainda mais com a presença do Vavo e o do Mira – ex-colegas de colégio). Churrascos, cerveja, caminhadas na praia, piadas sobre qualquer coisa embaraçosa, tentativa de cantar pagode no shopping, pizzas de M&M’s (ou Ananda, ou Mosquinha?). Segui dali para a Praia do Rosa, um lugar que sempre gostei de ir e que, se retirassem todos os porto-alegrenses, paulistas e argentinos, seria talvez a melhor praia/vila de SC. Mas isso nunca vai acontecer, pois infelizmente sempre irão existir os lelesques gaúchos, os paulistas boys e os argentinos argentinos. Lá foram cinco dias de uma árdua rotina que consistia em acordar, pegar onda, dormir na rede depois do almoço, pegar mais onda, jantar e dormir logo após o pôr do sol.
Na sexta-feira troquei a água pelo vinho: da Praia do Rosa para São Paulo, a cidade em que menos almejo morar (depois de NY, obviamente) mas que serviu como um ótimo ponto de transbordo para Maresias. O Vavo tinha retornado para SP e só tinha um show no final de semana, o que possibilitou um bom tempo livre para relembrarmos os tempos de piá e assistirmos alguns jogos de basquete, fazermos apostas idiotas e atualizarmos os acontecimentos da vida.
Três dias se passaram e desci pro litoral – mais especificamente para a praia de Maresias. Acabei errando uma entrada em Mogi das Cruzes, pegando assim uma estrada paralela que aumentou em 40 km a viagem. Nada demais, acho que no final até valeu a pena, pois acabei conhecendo Ilha Bela (o QG dos mosquitos mais sanguinários que eu já vi). Primeiro dia em Maresias foi épico. Demais esse lugar: água translúcida e quente, sol, ondas perfeitas e sem gente. Deixei a caminhonete com todas as minhas malas num beco, tirei a PLANONDA e corri pro mar com uma euforia tão grande que esqueci até da cordinha (o que acarretava em algumas boas braçadas toda vez que eu perdia a prancha). Cheguei no Hostel muito depois do combinado e fui encaixado num quarto com mais sete pessoas, todas desconhecidas umas das outras. Tinham dois londrinos (que passavam o dia bebendo e dormindo), um californiano (o cara mais massa – era psicólogo e estava viajando há 3 meses pela América do Sul, tendo como principal objetivo pegar o maior número de mulheres possível) um canadense, dois argentinos e mais um brasileiro. Cinco dias em Maresias com apenas dois e “meio” de onda. Nos outros dias aproveitei pra nadar, andar de skate (excelente bowl na frente da praia, diga-se de passagem) e caminhar bastante. Certamente não existe coisa mais tranqüilizante do que morar perto do mar.
Na sexta-feira, dia 20, voltei pra SC e passei o final de semana em Florianópolis, num hotel GABARITO em Ingleses, alternando entre banhos de mar e uma piscina aquecida e me alimentando de verdade, visto que até agora não tinha feito uma refeição consistente desde a estadia no Rosa. Valeu Dê, tu é foda por conseguir esta barbada.
A conclusão destas férias se deu novamente em Capão, com mais dois dias de cerveja infinita, piadas, o Ruschel (cujo pai tem as melhores histórias), e o sentimento de que a felicidade está diretamente ligada a pequeníssimos momentos que misturam insanidade, inconseqüência, paixão e amizade. E sim, é verdade, ela é real apenas quando compartilhada.

2 comentários:

Lique disse...

bah, quase fiquei vesgo de ler texto compridos em branco no preto. heh. parecem boas férias. e ninguém mandou ser magal. vou começar a recolher meus 150 pila cada vez que te ver com aquelas rodas. hehehe

D.G. disse...

de nada.
Valeu por perder no ping pong, pela carona e por ser mais mulher que eu.
ahahahahahahah